Trabalho feito a partir de um texto de Ângelo Dedavid, "Cena Breve".
Depois de marcar um encontro com Lúcia percebi que iria esperar horas até ela chegar. E não estava errado. Esperei, esperei, esperei e depois de muitos cigarros observei uma linda dama com um imenso casaco de astracã, óculos e luvas pretas - decidida a conquistar o mundo - ela chegou.
Estava pronto para colocar um fim nisso tudo. Não dava mais para agüentar essa mulher mandando em mim todos os dias debaixo do mesmo teto como se eu fosse um qualquer.
Logo que parou na minha frente o garçom já lhe puxou a cadeira e ela despiu suas luvas e se acomodou:
- Demorei? - Perguntou tirando os óculos.
- Não muito. - Respondi com educação, mesmo ela sabendo que me fez esperar horas.
Com um tom confiante, toca minha mão com um gesto amoroso e sem exitar falou:
- Pedro, precisamos conversar.
Não foi uma surpresa o que disse. Mas não iria deixá-la vencer mais uma vez.
- Pois eu também - disse com coragem me levantando - É a última vez que nos vemos. Mande buscar suas coisas em casa. - E vou embora sem olhar para trás.
Mesmo sem olhá-la imagino que ficou lá por um tempo transtornada com tudo isso e tentando entender esse filme de terror que passava em sua cabeça. Pela primeira vez eu a venci.
Depois de marcar um encontro com Lúcia percebi que iria esperar horas até ela chegar. E não estava errado. Esperei, esperei, esperei e depois de muitos cigarros observei uma linda dama com um imenso casaco de astracã, óculos e luvas pretas - decidida a conquistar o mundo - ela chegou.
Estava pronto para colocar um fim nisso tudo. Não dava mais para agüentar essa mulher mandando em mim todos os dias debaixo do mesmo teto como se eu fosse um qualquer.
Logo que parou na minha frente o garçom já lhe puxou a cadeira e ela despiu suas luvas e se acomodou:
- Demorei? - Perguntou tirando os óculos.
- Não muito. - Respondi com educação, mesmo ela sabendo que me fez esperar horas.
Com um tom confiante, toca minha mão com um gesto amoroso e sem exitar falou:
- Pedro, precisamos conversar.
Não foi uma surpresa o que disse. Mas não iria deixá-la vencer mais uma vez.
- Pois eu também - disse com coragem me levantando - É a última vez que nos vemos. Mande buscar suas coisas em casa. - E vou embora sem olhar para trás.
Mesmo sem olhá-la imagino que ficou lá por um tempo transtornada com tudo isso e tentando entender esse filme de terror que passava em sua cabeça. Pela primeira vez eu a venci.
Nenhum comentário:
Postar um comentário