sábado, 14 de junho de 2008

Moda 1968

O ano de 1968 foi marcado pelas transformações, e a moda não poderia ficar de fora. A moda de 1968 foi marcada pela rebeldia da juventude. Refletia o espírito livre da época. Espelhou o desejo de ruptura com tudo o que era tradicional. Os jovens começaram a usar a moda para mostrar a sua ideologia. E todas essas transformações refletem a moda dos dias atuais.

Com os movimentos estudantis, no auge no Brasil e no mundo, a moda ficou marcada como um símbolo para os jovens rebeldes. Eles queriam quebrar todas as barreiras do tradicional.

O estilo de música que reinou entre os jovens da época foi o rock. A partir desse estilo musical, eles começaram a se sentir mais livres, e por que não passar essa idéia de liberdade para suas roupas. Assim nasceram os hippies.


A moda hippie refletiu o espírito livre da época, com suas roupas largas e coloridas. Com o clima psicodélico e o lema “paz e amor”, esse estilo foi atraindo cada vez mais jovens. Era algo novo para a época. E era isso que eles estavam procurando. Mas os hippies deixaram uma péssima herança: as drogas.


1968 foi o ano que lançou moda. Mary Quant e Courrèges quebraram o tradicional com o lançamento da minissaia, e Yves Saint Laurent lançou a calça comprida com terninho para as mulheres. O que foi algo totalmente novo para as moças acostumadas a usar vestidos na altura do joelho. Elas nem se imaginavam usando algo tão curto que marcasse tanto suas pernas.


A moda de 68 marcou principalmente a liberdade feminina. Usando suas minissaias ou pantalonas, as mulheres ganharam o mundo e adoraram a idéia de que podiam ser livres, transar sem engravidar (graças ao lançamento da pílula anticoncepcional), ser independentes de seus maridos e ter um vida fora de seus lares. As revistas foram marcadas pelas fotos de modelos pulando, querendo demonstrar essa liberdade.

Em Paris, centro mundial da moda, os estilistas da época, grande parte deles importantes nos dias atuais, aderiram à própria alta costura. Entre eles, Cardin Courreges e Paco Rabanne, com seus looks futuristas e acessórios inovadores.

O look que realmente marcou a década de 60 foi o vestido tubinho curto com botas de cano longo na altura do joelho. Mas em 1968 o que estava em vigor era a mistura de estilos na moda, influenciada pelas estrelas da música e do cinema.

O estilo que estava nas cabeças femininas era os cabelos lisos e amarrados, e a maquiagem com a boca sem cor e os olhos marcados pelos cílios postiços.

As garotas começavam a se vestir como os rapazes: usando jeans, camisa xadrez, mocassins, sapatilhas e camisetas. Tanto as mulheres, quanto os homens usavam blusas de gola roulê, calças estilo tempo e peças herdadas de outras culturas, como as túnicas.

Apresentando todas as características, a moda de 1968 nos faz lembrar a moda de hoje. O que passa nas passarelas de 2008 é um reflexo, uma inspiração da moda de 68. Realmente, aquele foi um ano que trouxe diversas conseqüências para as décadas seguintes.

Perfil com participação do autor (jornalista)

Atividade realizada durante a aula de Oficina de Redação.
Depois de muito tentar, enfim consegui a minha maior entrevista: com a Cinderela. Marcamos um encontro em seu castelo, onde mora atualmente com seu príncipe, deixando de morar com sua madrasta e suas duas meio-irmãs.

Tivemos uma ótima tarde, em seu lindo jardim e deliciosas xícaras de chá. Falamos de sua antiga vida no castelo com sua madrasta, “Eu sofria muito lá, sentia muita falta de carinho, de atenção, mas eu nunca perdi a esperança, sabia que tudo um dia iria melhorar”, desabafa Cinderela.

Também conversamos sobre sua Fada Madrinha, quem arrumo Cinderela para o grande baile do príncipe, transformando uma abóbora em carruagem, ratos em cavalos, e seus trapos que vestia em um lindo vestido. “Ainda temos bastante contato, saímos para fazer umas comprinhas e coisas do tipo. Sou eternamente grata a ela Afinal, se não fosse minha Fada Madrinha, eu não teria conhecida meu príncipe”, diz ela emocionada.

E sobre sua madrasta Cinderela diz: “Não guardo rancor dela. Ela sofreu muito na vida também e não sabe dar valor às pessoas. Mas um dia ela aprende. Digo o mesmo sobre minhas meio-irmãs. Tenha um pouco de pena delas por ter uma mãe como ela”.

Depois de horas de conversa, encerramos a entrevista para que Cinderela possa cuidar de seus três filhos.

Cena Breve

Trabalho feito a partir de um texto de Ângelo Dedavid, "Cena Breve".

Depois de marcar um encontro com Lúcia percebi que iria esperar horas até ela chegar. E não estava errado. Esperei, esperei, esperei e depois de muitos cigarros observei uma linda dama com um imenso casaco de astracã, óculos e luvas pretas - decidida a conquistar o mundo - ela chegou.

Estava pronto para colocar um fim nisso tudo. Não dava mais para agüentar essa mulher mandando em mim todos os dias debaixo do mesmo teto como se eu fosse um qualquer.

Logo que parou na minha frente o garçom já lhe puxou a cadeira e ela despiu suas luvas e se acomodou:

- Demorei? - Perguntou tirando os óculos.

- Não muito. - Respondi com educação, mesmo ela sabendo que me fez esperar horas.

Com um tom confiante, toca minha mão com um gesto amoroso e sem exitar falou:

- Pedro, precisamos conversar.

Não foi uma surpresa o que disse. Mas não iria deixá-la vencer mais uma vez.

- Pois eu também - disse com coragem me levantando - É a última vez que nos vemos. Mande buscar suas coisas em casa. - E vou embora sem olhar para trás.

Mesmo sem olhá-la imagino que ficou lá por um tempo transtornada com tudo isso e tentando entender esse filme de terror que passava em sua cabeça. Pela primeira vez eu a venci.

Fabiana: Uma nordestina que deu sorte

Fabiana de Souza, 26 anos, é mais uma nordestina que abandona sua terra natal em busca de uma vida melhor na cidade grande, nesse caso, São Paulo. E conseguiu. “Deus me abençoou muito nessa nova vida: consegui um emprego, conheci ótimas pessoas, me casei e tive meu primeiro filho. Mas nem tudo foi fácil não. Como tudo em minha vida, tive que batalhar muito para conseguir as coisas”, relata Fabiana.

Fabiana nasceu em Campina Grande, no estado da Paraíba. Foi criada em família simples, com mais dois irmãos, e rodeada de amor de seus pais, Maria de Fátima e Sebastião.

Seu irmão mais velho, França de Souza, com 23 anos foi tentar a vida em São Paulo. Conseguiu um emprego em um mercado em um bairro de classe média alta. Com a vida estabilizada convidou Fabiana para ir morar com ele. “Pensei muito quando meu irmão me chamou. Fiquei com medo de sair de casa para ir morar em uma cidade tão grande, mas eu não tinha o que perder com isso. Se o França conseguiu, porque eu também não conseguiria?”, explica Fabiana.

No ano de 2002, Fabiana arruma as malas e parte para uma nova vida. “Depois de tanto tempo dentro daquele ônibus de viagem, não acreditei quando cheguei. Já tinha visto essa cidade na televisão antes, mas não podia imaginar que era tão grande assim”, lembra Fabiana.

Quando chegou, logo foi em busca de emprego. Tentou alguma função no mesmo mercado onde seu irmão trabalhava, mas todas as vagas estavam preenchidas.

Mas sua sorte estava mudando. Em um dia de trabalho, França foi levar as compras na casa de uma cliente do mercado, Sandra Almeida. Conversando com ela descobriu que ela era recém chegada na cidade e ela lhe contou que precisava de uma auxiliar doméstica. França logo se lembrou de sua irmã e falou para Sandra sobre ela.

Dias depois, Fabiana foi apresentada à Sandra e conseguiu seu primeiro emprego como doméstica.

Era uma família comum, mãe, pai, três filhos e um cachorro. Fabiana foi muito bem recebida, em pouco tempo era tratada como um membro da família.

Depois de dois anos, Fabiana conhece Vando, um amigo de França do trabalho. Em pouco tempo se tornam um pouco mais de amigos. Começam a namorar e uma surpresa esperava por eles: Fabiana estava grávida.

Os dois ficam felizes com a idéia de terem um filho juntos. “A gente nunca falou sobre isso. Quando confirmei a gravidez, contei pra ele e foi uma alegria. E no mesmo momento ele me pediu em casamento. Foi bom pois me senti segura, estava com medo dele não aceitar a idéia de ter um filho sem ter planejado”, desabafa Fabiana.

Nove meses depois nasceu Caio o primeiro filho do casal. Mas junto com o nascimento, veio uma notícia não muito boa: a família Almeida estava se mudando para Brasília.

Quando a família se mudou, Fabiana conseguiu outro emprego, como copeira de um hotel na capital.
“Tive muita sorte. Agradeço muito a Deus por tudo. Mesmo nos momentos mais difíceis não perdi a fé e a força de vontade. São poucas as pessoas que conseguem sair de sua cidade para ir tentar a vida na cidade grande e se dão bem. Hoje eu sou muito feliz, tenho uma família ótima, mas eu nunca vou me esquecer do meu passado e da principalmente das pessoas que fizeram parte dele. Afinal, é por causa delas que estou aqui hoje”, conclui Fabiana.

terça-feira, 3 de junho de 2008

“1968 – O ano que não terminou”


“1968 – O ano que não terminou”, livro escrito por Zuenir Ventura em 1988, narra e estuda os acontecimentos de 40 anos atrás que marcaram a época e trouxeram diversas conseqüências para os dias de hoje.

Zuenir Carlos Ventura, jornalista e escritor brasileiro, é hoje, colunista do jornal “O Globo” e da revista “Época”. Com o livro “1968 – O ano que não terminou”, ganhou o Prêmio Jabuti na categoria reportagem. Ele começa sua volta ao passado com o “Réveillon na Casa da Helô”. Uma festa promovida pelo casal Luís-Heloisa Buarque de Hollanda em sua casa. O jornalista Elio Gaspari tirou sua conclusão da festa: “depois do Réveillon da Helô, o Rio nunca mais foi o mesmo”.

No decorrer do livro, podemos nos deparar com depoimento inéditos de Caetano Veloso, José Dirceu, Fernando Gabeira, Fernando Henrique Cardoso, Franklin Martins, Elio Gaspari, entre outros.

O que o livro não deixa de tratar são as revoluções. A Revolução Sexual foi uma delas. Carmen da Silva foi quem divulgou para a imprensa da Revolução Sexual. Ela mostrava que a questão do sexo não se tratava somente entre a classe social, e sim nas gerações. A partir daquele ano, a sexualidade começou a ser tratada de maneira mais natural.

O que realmente marcou 1968 foram as manifestações dos estudantes brasileiros e por todo o mundo.

O autor se preocupa em explicar alguns fatos históricos que deram início a tais manifestações antes de começar a falar sobre as mesmas.

Todos esses movimentos tinham o mesmo objetivo: a transformação da sociedade. Os jovens daquela época iam para as ruas em luta dos seus ideais e de justiça.

Um grande marco na historia do Brasil foi a resistência dos jovens diante da ditadura militar, marcada pelo Ato Institucional Número Cinco, o AI-5.

As mudanças na cultura jovem foi um outro grande acontecimento. A influência da vanguarda jovem sobre a sociedade era como um incentivo para eles lutarem pelos seus direitos.

“1968 – O ano que não terminou” é um ótimo livro, uma viagem ao passado para entender melhor alguns fatos do presente e a sensação de que 1968 ainda não acabou.

Conto de fadas ou realidade?

Era uma vez... Não, pensando bem, não posso começar a contar essa história com “Era uma vez”. “Era uma vez” é usado em contos de fada, e contos de fada não são reais. Já o meu conto, que parece um conto de fadas, é totalmente real.

A história de uma menina, que ao fazer seus 15 anos teve a festa que toda garota sonha: a noite de debutante.
Mas a festa dela não foi tão comum assim, foi uma festa à fantasia. Na escola não se falava de outra coisa a não ser da festa à fantasia de Dani. Todos queriam ser convidados. Ninguém duvidava que a festa iria ser ótima.

E todos acertaram. A festa foi linda! Com ótima música, comida gostosa, pessoas fantasiadas e uma mais animada do que a outra. Com direito até a lágrimas de emoção com, com o pai dela cantando uma música em sua homenagem.

Ela estava linda como uma princesa. Com suas três fantasias, todas muito belas. Mas a mais linda era a de fada, com a qual dançou a valsa com seu pai, padrinho e irmão mais velho.

E o irmão ainda foi de príncipe, como em um conto de fadas.

Depois de sete horas de pura festa, o sonho chegou ao fim. Dani estava realizada e emocionada com sua linda noite.

E todos viveram felizes para sempre. Ah, é verdade, acabei como em conto de fadas, mas percebi que realmente foi como um conto de fadas. Porém esse foi real.

Um sonho relizado

Desde criança sonhei com a minha festa de debutante. Não via a hora de fazer meus 15 anos para enfim, ter a festa como eu sempre quis.

Uma festa à fantasia. Todos os convidados usando fantasias que combinassem com cada um deles. Umas mais serias, outras mais divertidas.

Depois de longos quatro meses de preparativos, no dia 3 de setembro de 2005, chegou o grande dia. Passei a tarde toda ansiosa, louca pra saber se alguém iria à festa ou não, se tudo que havia sido planejado com tanto carinho e atenção sairia do jeito certo.

E deu. Cada detalhe saiu melhor do que eu esperava. Todos os meus amigos e familiares foram devidamente fantasiados. Um dia de sonho. Como um conto de fadas. Os convidados, aproveitando e adorando a festa, e eu mais ainda por ver tudo saindo tão bem.

E, momentos antes da hora da valsa, eu usando a minha linda fantasia de fada, a maior surpresa: meu pai cantando e tocando no violão uma música em minha homenagem: “Viste”, do cantor Ivan Lins.

Chorei tanto quanto os convidados que acabaram se emocionando junto comigo. Foi lindo. Uma demonstração de amor tão grande que só me fez perceber o quanto meus pais são especiais.

Depois de 7 horas de festa, que para mim pareceram 5 minutos, meu dia de princesa chegou ao fim. Depois de horas de muita dança, muita diversão e emoções, meu sonho de criança foi realizado.